quarta-feira, 28 de maio de 2008

E ela foi a correr.
Correu as escadas levantando os pés ao de eleve. Coração batia ainda mais rápido.
Entrou e viu boa disposição
Que bom – pensou.
Assim poderia aproveitar melhor o seu estado, aproveitar o máximo.
Confiança vincada e segurança com sentido de humor.
Vinte e dois sorrisos foram formados durante aquelas horas, e poucas vezes foram vistos.
Não fazia mal, o melhor era as coisas que se iam formando dentro dela. Mais ninguém sabia.
Mas quando a pele entrava em cena a coisa era diferente. Sem saber fica-se mais vulnerável, mais visível de certo modo.
Ela no fundo sabia que dali não se podia tomar nada como garantido; o que era sentimento de verdade, o que era sentimento pessoal, o que era nascimento de sentimentos novos ou sentimentos de demónios vindos de uma data atrás no tempo...
As pessoas aproveitam-se? – Perguntou-se.

Ela pensa que é mais humana que grande parte das pessoas.
Ela acha que não tem humanidade suficiente.
Ela pensa que é para além de humana.
Ela não consegue ser o que se deve ser.
Ela não sabe como se é.
Ela não sabe como ela é.
O que sou? – Perguntou.

Aquele espaço, aquelas pessoas são um todo a arder de futuras recolhas.
Vários quereres, que ela guarda para si mas que explora sem se esconder sempre que ali se encontrar.
Ela está apreender a falar menos palavras e a ser mais subtil e tranquila consigo e com os outros.
Criando menos merda em pensamentos.
Os níveis de excitação foram descendo. E a vontade de voltar cresceu.

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