terça-feira, 11 de agosto de 2009

Oiço a chuva inconsistentemente…
Oiço então um vento quente a tocar nos pinheiros – é a minha verdade hoje, agora.
Oiço lembranças que ainda existem
Revejo imagens que ainda caminham
Sinto coisas – achava-as mortas

Não passou assim tanto tempo
Não passou assim tanto tempo
O surpreender é o sempre
E no sempre há alegrias escondidas e simples
Tão simplesmente…simples

Já não sei escrever
Já não sei perceber
Nunca entendi a razão pelo que…
E
Nunca soube sentir como os “normais”.
Quem?

Isto é tudo muito estranho
Tudo muito estranho.


Mas estou assim… bem
Tem tudo muito mais valor e mais importância,
E por isso estou bem.

Ontem ao ir para a praia perdi-me.
Ao andar nas rochas desequilibrei-me.
As notícias na TV soam-me mal.
Não consigo comer de manhã,
O sol queima cruelmente a minha pele.
O meu cão ao me ver chorou canidiamente.
Ao ver Lisboa, ainda a voar, deu-me um ataque de alergias.
Não tenho planos por agora, sabe bem…
O calor emociona-me

E eu ainda sinto tanto
Demais, certo?